Noticias

O índice de doação de órgãos de Santa Fe está entre os mais altos do mundo

O indicador de 22,3 doadores por milhão de habitantes atingido em 2017 pela província somente é superado por dez países, os mais avançados do mundo no tema.

O índice de doação de órgãos de Santa Fe está entre os mais altos do mundo

As 77 doações de órgãos atingidas no ano passado permitiram a nossa província alcançar uma proporção de 22,3 doadores por milhão de habitantes (DPMH), comparável com os países mais avançados do mundo no tema, superando os índices como os da Suécia, Holanda, Canadá, Cuba e Alemanha, entre outros que ostentam avançados sistemas de saúde, políticas sociais e educação.

A informação, subministrada pelo Centro Único de Doação, Ablação e Implante de Órgãos e Tecidos (Cudaio), surge da base de dados internacional irodat.org (International Registry on Organ Donation and Transplantation).

A Espanha é, há muitos anos, a nação com mais doação, com quase 44 DPMH. Na sequência se destacam Croácia, Portugal e Bélgica. O dado notável que surge desses registros é que só 10 países do mundo conseguem um índice de doação maior do que o de Santa Fe. Aliás dos quatro mencionados, se elencam os Estados Unidos, França, República Checa, Áustria, Finlândia e Itália.

O índice, que se obtém dividindo a quantidade de doações pela população de um país ou região, oferece uma dimensão do desenvolvimento da doação em cada sociedade em particular.

O diretor do Cudaio, Martín Cuestas, expressou que “no geral, os altos índices de doação surgem em coincidência com um desenvolvimento avançado da medicina de transplante, abordagens eficientes na educação e campanhas públicas, cultura da doação voluntária de sangue, presença de outras condutas de convivência cidadã, entre outros fatores, tal como acontece com o trabalho que desenvolve o Incucai".

"Em Santa Fe tentamos abordar todos esses aspectos –continuou Cuestas– e fazemos isso pensando sempre em encurtar a espera dos milhares de pacientes que necessitam um transplante. A diferença não é irrelevante, já que com mais doação são salvas mais vidas e se consegue uma melhor qualidade de vida dos transplantados. Não é a mesma coisa para um paciente renal em diálise, por exemplo, esperar dois meses por seu transplante do que vários anos”.

O INCREMENTO DA DOAÇÃO EM SANTA FE
Santa Fe atingiu em 2017 a marca histórica de 22,3 doadores por milhão de habitantes. Em nível nacional, dois de cada 15 doadores provieram de nossa província ( 13% do total de doadores argentinos, que foram 593). Os 77 processos de doação realizados no ano passado permitiram que 203 pacientes receberam seu implante. A maioria deles o fez em centros transplantológicos também localizados em Santa Fe. A média foi de 2,64 órgãos implantados por cada processo de doação.

Cuestas explicou que “o incremento dos processos de doação vem acontecendo desde finais de 2011, quando no Cudaio, sob a direção de Pablo Maidana, foi implementada a estratégia Hospital Doador. Em consequência, os principais hospitais públicos de Santa Fe foram formando profissionais e equipes para detecção e coordenação de doações potenciais, e incorporando protocolos com vistas a que a procura de órgãos e tecidos passe de ser uma situação excepcional a uma rotina hospitalar”.

“Este logro Incucai redundou não só em um maior número de doadores senão também em uma melhor qualidade dos processos, com redução de tempos de ablação e traslado, e mais órgãos extraídos em cada processo. O benefício para os pacientes em lista de espera é evidente: mais e melhores transplantes”, acrescentou.

Por último, Cuestas destacou que “uma vez consolidados os principais hospitais doadores, o desafio foi elevar o teto dos processos possíveis incorporando outros centros de saúde da província. Em anos recentes, conseguimos isso incorporando os hospitais de Venado Tuerto e Rafaela à prática quotidiana da procura. E depois, desde 2016, o Cudaio vem trabalhando em um programa de integração dos centros privados às atividades de doação, cujos resultados foram evidentes em 2017, com uma significativa contribuição de 24 processos do total de 77”.

2017 FOI RECORDE DE TRANSPLANTES NA ARGENTINA
No ano passado houve 593 doações de órgãos em nível nacional, o que permitiu 1487 transplantes em todo o país.

Sem ter sido o ano com o melhor índice, os 13,5 doadores por milhão de habitantes da Argentina em 2017 representaram um incremento com respeito aos 11,8 de 2016 e permitiram atingir a marca histórica de número de personas transplantadas, superando a de 1457 durante 2012. As jurisdições mais destacadas por seu índice de doação foram Capital Federal, Mendoza, Entre Ríos, Santa Fe e Tucumán.

A lista de espera nacional se manteve em, aproximadamente, 8000 pessoas.

O MODELO REFERENCIAL
O modelo espanhol é atualmente o modelo referencial na temática de doação e transplante. Uma grande quantidade de profissionais argentinos e latino-americanos se formaram em hospitais doadores e na transplantologia desse país. Ali contam com um sistema de alerta operacional ante cada potencial doador, ao mesmo tempo que a doação está incorporada à rotina sanitária e na sociedade, tanto assim que o percentual de oposição familiar ou de manifestações negativas em vida é próximo de zero.

Em países como o Japão, México e Arábia Saudita, a realidade é muito diferente: os índices de doação são muito baixos e por sua vez a necessidade de transplantes é cada vez maior, pelo que a demanda é satisfeita por números crescentes de doadores vivos (de rins).

Descargas

Mostrar descargas
Fotos

Noticias relacionadas