“Não queríamos deixar passar esse dia sem poder mostrar-lhes a todos os santafesinos e santafesinas essa enorme tarefa”, manifestou o governador Omar Perotti, que acrescentou: “Perante todas essas dificuldades, ainda na escassez, há prioridades e a nossa prioridade foi que o feito nesse local continuasse e finalizasse ”.
“Em momentos difíceis adquire muito mais valor considerar alguém que hoje seria um líder moderno”, salientou o governador. Logo, lembrou que “nós estamos criando o Ministério da Igualdade e Gênero, numa clara mensagem à mulher como o que o Brigadeiro López teve ao levar não somente o nome de sua mãe, senão gerando, em sua tarefa educativa, a possibilidade de que mulheres e homens pudessem estar aprendendo num momento onde a educação estava circunscrita aos homens”.
Perotti explicou que o Brigadeiro López “teve como preocupação central a organização de nosso país, a procura de uma Constituição, e o ano 1819 sem dúvidas marca esse antecedente chave em sua tarefa de coloca Santa Fe nesse rumo e oferecer a província como o local de encontros em momentos tão difíceis”.
No que diz respeito à restauração do edifício histórico, o governador da província expressou que “abrir essa casa a todos nos compromete e nos permite que conheçamos López ainda mais, fazer transcender sua obra além da nossa província”.
A seguir, o mandatário santafesino se referiu aos “valores” do caudilho santafesino e se comprometeu a continuar, como fez o prócer, “afirmando o federalismo, a educação, o protagonismo de Santa Fe, vendo como geramos acordos e pactos que transcendam”. Assim, Perotti afirmou que “não somente apresentando reclamações necessárias e justas para que Santa Fe receba o que é de Santa Fe, senão para dentro, para as possibilidades de desenvolvimento de cada um de nossos povoados e cidades, de nossos 365 municípios e comunas”.
A RESTAURAÇÃO
Por seu turno, a ministra de Infraestrutura, Serviços Públicos e Hábitat, Silvina Frana, detalhou as obras realizadas na Casa do Brigadeiro López. Disse que “a restauração que se fez foi total, em todos os aspectos: elétricos, sanitários, aberturas e paredes, deixando lugares para que aqueles que a visitem possam reconstruir a história vendo alguns elementos originais, como os alicerces”.
Do mesmo modo, afirmou que “tudo isso é um reconhecimento à história institucional da província. Esse espaço vai ter muitos fins, mas também é um espaço educativo. A educação é fundamental para sensibilizar. Quando a gente se sensibiliza compreende e pode, a partir da história, olhar o futuro. Portanto, não podemos não estar emocionados, vibrando com essa história que tomara que possamos potenciar todos seus valores num futuro de uma realidade tão complexa como a que vivemos hoje”, disse a ministra Frana.
Quanto à obra, explicou que "nos permite abrir esse espaço à comunidade, fazendo parte de um circuito histórico da cidade”, e enfatizou no enclave no sul da cidade onde “está tudo aquilo que tem a ver com a nossa história”.
Por sua vez, o senador nacional Roberto Mirabella, disse que “resgatar esse lugar onde morou o Brigadeiro General Estanislao López era uma conta pendente. Mas fundamentalmente temos que resgatar seu pensamento e seu modo de agir que estão mais vivos que nunca. Seu olhar sobre o federalismo, sobre Santa Fe como a pátria pequena; a importância da educação; e defender os interesses da província”, argumentou.
Por sua parte, o subsecretário de Gestão Cultural da província, Javier Armentano, manifestou que a partir de agora esse monumento “vai ser um museu e um centro de interpretação". E destacou: “Queremos que esse empreendimento seja aberto, interativo, participativo e com um forte sentimento de pertencimento. Hoje, a Casa do Brigadeiro começa a construir um novo capítulo de sua história e agradecemos ao governador Perotti a confiança depositada no Ministério de Cultura, para levar adiante essa iniciativa”, afirmou.
PRESENTES
Também, participaram do ato a vice-governadora da província, Alejandra Rodenas; o presidente do Supremo Tribunal, Roberto Falistocco; o ministro de Cultura, Jorge Llonch; a secretária de Estado de Igualdade e Gênero, Celia Arena; o senador provincial, Marcos Castelló e o prefeito de Santa Fe, Emilio Jatón.
NO CONVENTO
Em primeiro lugar, o governador e demais autoridades, estiveram presentes no Convento de São Francisco, na zona histórica da cidade de Santa Fe, onde prestaram uma homenagem ao Brigadeiro, a poucos quarteirões da casona declarada Monumento Histórico Nacional em 1942.
Ali, em representação da Junta Provincial de Estudos Históricos, María Pauli destacou: “Resulta descabelado sintetizar a vastidão de sua obra, tanto em Santa Fe como em nível federal”. E afirmou que López “foi um homem da política e que soube fazer política, que dedicou sua vida à causa da autonomia da província e a seu engrandecimento”.
Durante a cerimônia estiveram presentes o guardião do Convento de São Francisco, fray Sergio Carballo; pela Junta Provincial de Estudos Históricos, Alejandro Damianovich, além de familiares do Brigadeiro López.