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PEROTTI PARTICIPOU DO LEILÃO DO PRIMEIRO LOTE DE SOJA DA BOLSA DE COMéRCIO DE ROSARIO

O evento foi realizado na modalidade virtual. “O fato de ter podido fazer a colheita e transferi-la aos portos, ainda em pandemia, fala da integração e os vínculos que permitiram remover obstáculos e superar dificuldades”, disse o governador.

O governador durante o leilão do primeiro lote de soja.

O governador Omar Perotti participou na quarta-feira do leilão do primeiro lote de soja que realizou esse ano a Bolsa de Comércio de Rosario. Foi realizado por meio de uma videoconferência e contou com a presença do ministro da Agricultura da República Argentina, Luis Basterra; o presidente da Bolsa de Comércio, Daniel Nasini; e o prefeito de Rosario, Pablo Javkin.

Na ocasião, o governador destacou “o esforço da Bolsa por escolher esse dia como uma referência importante do setor que permitiu escutar acerca das tendências, as visualizações, as perspectivas, as dificuldades e as coisas para corrigir; além das oportunidades a serem aproveitadas. Sempre com o objetivo de que os atores federais, estaduais, locais e regionais tenham um espaço de integração e vinculação”.

Mais tarde, valorou que “cultivaram uma metodologia de trabalho que permitiu que o desenvolvimento da atividade pudesse acontecer desde o primeiro dia de pandemia até hoje, sem interrupções. E salientou: “Que o fato de ter podido fazer a colheita, transferiu-se à armazenagem dos portos e que o sistema tenha podido funcionar plenamente ainda em pandemia e na pior vazante dos últimos 60 anos do rio Paraná, nos diz a respeito das fortalezas da região e da capacidade de integração e vínculos que permitiram remover muitos obstáculos desde esse momento”.

DESAFIOS E INVESTIMENTO
Mais tarde, o governador admitiu que “aos cenários e desafios anteriores relacionados à melhora da logística e a infraestrutura, somado à possibilidade de aproximar a maior quantidade de matéria prima e o desafio de transformá-las incorporando valor agregado e torná-las proteínas, temos que adicionar o ecossistema biotecnológico. Temos ali a possibilidade de terra, produtores, de uma infraestrutura logística, portuária e agroindustrial. Mas, além disso, temos um sistema científico tecnológico na província e no país com essa potencialidade de ser vanguarda, de ser as que integram a maior quantidade de startup vinculados diretamente às tech” (tecnologias).

Nesse sentido, reconheceu que existe “um potencial adicional que vai ser um ator com alta dinâmica e muito claro da genômica vegetal, desde o início da semente até a elaboração do último alimento com as condições e o requerimento que o mundo nos pede com os alimentos sustentáveis. E nisso a possibilidade de chegar aos mercados que vão incorporando milhares de habitantes com poder aquisitivo e também aqueles que fundamentalmente com a aceleração da pandemia, vão resguardar a sustentabilidade dos sistemas de produção”.

A IMPORTÂNCIA DA HIDROVIA
Perotti salientou que “temos uma infraestrutura que permite a saída de mais de 80% da produção e somos destinatários do esforço e do trabalho de províncias vizinhas, chegando até nosso território”. É por isso que reconheceu que, como protagonistas da Hidrovia, a província “tem atores com capacidade de jogar em primeiro nível como até hoje em dia demonstraram nossos produtores e nossos industriais. Esses desafios são os que queremos potenciar e se mantêm com essa coordenação, com atores vinculados e com esse respaldo científico tecnológico, com essa vinculação virtuosa que vai acelerando o setor privado e o setor científico”, vaticinou.

“E aqui claramente –continuou Perotti- acontece uma sinergia nesse sentido e com certeza isso está permitindo à Argentina ser um ator também no ecossistema biotecnológico”.

A seguir, o mandatário santafesino destacou a importância de manter a Hidrovia durante 2020, o que permitiu que um “milhão e meio de caminhões saíram em pandemia das províncias vizinhas e, obviamente, de todas as localidades da província de Santa Fe a nossos portos. Por isso, queremos como província que o que tínhamos até aqui seja o piso da nova concessão. E com um concessionário que tenha um papel ativo, não somente daquilo que se fez bem (como a dragagem), senão em nos vincular com mais redes internacionais de comércio, em otimizar nossa logística, em defender esses centavos com os que à vezes se ganha ou se perde um negócio”, pontualizou.

ABRIR AS PORTAS AOS BIOCOMBUSTÍVEIS
Em outro trecho da alocução, Perotti salientou que a província de Santa Fe “do mesmo modo que na Hidrovia foi pioneira no setor de biocombustíveis. Abramos as portas às possibilidades do sustentável, como são os biocombustíveis. Neles temos uma capacidade provada e enorme, não somente na capacidade instalada senão também na capacidade de sua produção e naquilo que vamos ir implementando: o incentivo ao uso cada vez mais amplo desses combustíveis”, anunciou.

“É chave garantir a continuidade do setor, ir otimizando todos os dias as possibilidades de fazê-lo com o maior nível de competitividade, resguardando esses investimentos e capacidade instalada e essa virtude, que teve uma ferramenta chave, como foi a lei que a impulsionou e lhe deu origem. Tanto a província de Santa Fe quanto a hidrovia foram pioneiras nesses inícios, enfatizou o governador Perotti.

Por último, destacou o papel do Conselho Industrial Argentino ao suster que “ali temos uma ferramenta válida para uma política de toda a Argentina, para seu desenvolvimento federal e sua potencialidade futura e na particularidade, na conjuntura, um forte ator para trazer ao país, as divisas que tanto necessitamos. Temos neste setor uma potencialidade enorme para consolidar. Um ator de afinco, um ator profundamente de desenvolvimento federal e que nos dê a alternativa de integrar territorialmente a Argentina e equilibrá-la populacionalmente”.

CONTINUIDADE DA PRODUÇÃO
Por seu turno, o ministro da Agricultura, Pecuária e Pesca da República Argentina, Luis Basterra, destacou “o simbolismo do leilão do primeiro lote, porque começa a funcionar uma nova campanha que marca o compromisso que tem nosso setor agropecuário com a produção”.

Aliás, Basterra acrescentou: “Do Governo Federal estamos tentando atemperar as incertezas que tem a produção agropecuária”; e disse que “essa modalidade virtual se ajusta ao que nos propõe o presidente Alberto Fernández, de suster a produção com extremo cuidado”.

Por sua parte, o prefeito de Rosario, Pablo Javkin, refletiu a respeito de que “esse ato demonstra que, apesar da pandemia, dos tempos difíceis, do enorme desafio que estamos atravessando, a roda continua em movimento. É algo que vimos mantendo e um trabalho com o governo provincial e os governos municipais em toda a província e se há uma roda que se move na região e impacta positivamente na Argentina, é a da produção agropecuária, que demonstrou mais do que nunca ser um serviço essencial”.

Por último, o presidente da Bolsa de Comércio, Daniel Nasini, disse: “Esse ato tem como objetivo reconhecer os protagonistas da carreira produtiva e comercial da oleaginosa. Apesar da pandemia o mundo continua demandando alimentos em quantidade, preço e qualidade e a Argentina está em condições de fornecê-lo enquanto não se tomarem medidas que desalentem, como as restrições às exportações. É necessário ter um plano a longo prazo”, concluiu.

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