O governador da Província de Santa Fe, Maximiliano Pullaro, participou na terça-feira da AmCham Summit 2025. Organizada pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos na Argentina, essa jornada reúne importantes representantes do setor público e privado sob o lema “Uma Argentina competitiva”.
Durante o evento, realizado no Centro de Convenções de Buenos Aires, Pullaro participou do painel “Federalismo na Argentina competitiva”, juntamente com seu par de Córdoba, Martín Llaryora, e o jornalista Ariel Maciel como moderador.
Nesse contexto, o governador de Santa Fé afirmou que “a discussão é sobre o federalismo, em seus diferentes níveis, e como o defendemos. Em Santa Fe, continuamos prestando serviços e, para isso, tivemos que demonstrar que poderíamos alcançar maiores níveis de eficiência e eficácia na gestão dos recursos públicos. Acreditamos em que a reorganização da macroeconomia é a medida certa e estamos entusiasmados com isso." “A queda da inflação, o risco-país e a taxa de juros trazem estabilidade e potenciam o investimento. Mas o olhar que ainda falta em nosso país -acrescentou- é um olhar do sistema produtivo como um todo e de que maneira conseguimos tornar mais competitivas nossas empresas para gerar mais trabalho. Aí todos temos uma tarefa por fazer”.
O que a Nação leva, o que fica na província

Nesse sentido, Pullaro exemplificou que “por uma compra de $10.000 no supermercado, um santafesino paga somente $ 200 de impostos provinciais e $ 1.800 de impostos nacionais. Mas quando sai do supermercado, encontra um carro da polícia de Santa Fe. Se sofrer um acidente, terá uma ambulância e, se tiver filhos, eles poderão frequentar uma escola sustentada pelo governo provincial. No entanto, é muito difícil saber qual é o serviço que presta o Estado Nacional através dos impostos que cobra. Há dois anos, a cada $ 100 que aportávamos, nossa província recebia $ 57. Agora estão voltando $ 49. É muito menos porque houve grandes cortes em áreas muito importantes pelas quais temos que nos responsabilizar”.
“O desafio que enfrentamos é discutir sobre o sistema tributário, que é extremamente baixo nas nossas províncias. Outro desafio é melhorar nossa logística e as nossas rodovias porque não há investimento. O governo provincial está investindo na manutenção de rodovias federais em Santa Fe porque estão em péssimas condições. Estamos investindo para o desenvolvimento da nossa tecnologia, fazendo gasodutos, estendendo nossa rede elétrica para fornecer mais potência a nossa indústria e conectividade. São os desafios do momento e que Santa Fe e a Região Centro queremos debater”, afirmou o governador.
Desenvolvimento produtivo

Por outro lado, Pullaro também se referiu à hidrovia e afirmou: “Estamos entusiasmados com o novo debate que se está dando. Nós devemos discutir o traslado, o balizamento e o custo, mas também um projeto de desenvolvimento produtivo da Argentina que potencie, que torne a logística mais barata e que olhe para o interior do território. Necessitamos melhorar nossa infraestrutura. Acreditamos que esta é uma oportunidade que deve ser incluída num debate mais amplo em torno da hidrovia, e não focar apenas no corredor do Rio Paraná, mas também em como podemos desenvolvê-lo e fortalecer a infraestrutura viária."
"Por mais que as províncias façamos o esforço, é muito difícil. Mantemos o sistema rodoviário, mas nossa província ainda não recebe nenhum peso das exportações. Porém, Santa Fe investe para manter as rodovias, mas como há um problema com as rodovias federais, estamos pedindo ao Governo que nos entregue elas para que possamos cuidar disso. Também não aconteceu.
Agora estamos trabalhando para estabelecer corredores através do Porto de Timbúes e do Porto de Constitución, o que nos permitirá ter um maior fluxo de caminhões chegando ao porto. "O debate não é só sobre o rio, mas sobre infraestrutura produtiva", concluiu o governador.
AmCham Summit 2025
O evento teve como objetivo promover um espaço de diálogo aberto e colaborativo para debater e definir as estratégias necessárias para potencializar o desenvolvimento econômico e social do país. Vários painéis ao longo do dia analisaram a relação bilateral Argentina-Estados Unidos, o papel do setor privado na criação de empregos, segurança energética, liberdade de expressão e federalismo para uma Argentina competitiva, entre outros.